O presidente da Federação Nacional de Engenharia Mecânica e Industrial (Fenemi), engenheiro mecânico Marco Aurelio Candia Braga, divulgou orientações sobre o retorno das atividades presenciais em comércios, indústrias e outros segmentos que contam com sistemas de aquecimento, ventilação, ar-condicionado e refrigeração (AVAC-R) e aparelhos tipo “split”.
“A Fenemi quer instruir de forma clara, com o menor impacto financeiro e de rápida execução possível para o retorno das atividades presenciais, durante a pandemia da Covid-19, os empresários que utilizam esses sistemas”, esclarece Marco Aurelio. “O documento se trata de uma orientação inicial, e informações aprofundadas devem ser obtidas com o responsável técnico pelo Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC), que é o engenheiro mecânico”, explica.
Com o objetivo de garantir a qualidade do ar de interiores e prevenção de riscos à saúde dos ocupantes de ambientes climatizados, o PMOC padroniza procedimentos nos sistemas de climatização para execução de medidas básicas de verificação do estado de limpeza, remoção de sujeiras e manutenção da integridade e eficiência dos componentes dessas instalações. A lei n° 13.589 estabelece a obrigatoriedade, em edificações públicas e privadas, da elaboração e implantação do PMOC.
Controle
“A climatização é um processo que visa controlar simultaneamente a temperatura, umidade, velocidade, renovação e a qualidade do ar de um ambiente. Por isso, os sistemas de climatização podem contribuir positivamente no controle da qualidade do ar. A garantia de que isso não trará prejuízos à saúde dos ocupantes somente será assegurada se os serviços de manutenção preventiva e corretiva, conforme indicado no PMOC, estiverem em dia”, afirma o presidente da Fenemi.
Segundo Marco Aurélio, variados equipamentos promovem climatização e refrigeração, mas são dois são os mais conhecidos e comuns: o ar-condicionado tipo split e o ar-condicionado central. O primeiro deles é um equipamento de baixa capacidade, mas muito comum em residências, empresas, escritórios e deve promover a renovação do ar. Já os aparelhos centrais, devem ser instalados por empresas especializadas e necessitam de controles específicos feitos por profissionais especializados. “Esses controles são fáceis de serem executados por empresas especializadas, fazendo a coleta do ar ambiente e os analisando em laboratórios específicos, acreditados pelo Inmetro”, explica a engenheira química Christiane Lacerda.
“Há sistema de renovação do ar nos automóveis, no painel do ar-condicionado. Normalmente, as pessoas usam a recirculação do ar, pois foram orientados que dessa maneira, de que se gasta menos combustível para a manutenção da temperatura interna. Mas sempre devemos utilizar a captação do ar externo, promovendo a renovação do ar no interior do veículo, e manter a janela aberta um pouco, para facilitar essa troca de ar”, salienta o engenheiro mecânico Marco Aurelio.
Confira as recomendações da entidade
– Em ambientes onde não há a renovação do ar, deve ser evitada a circulação de pessoas;
– Se possível, mantenha portas ou janelas abertas e o ar-condicionado no modo ventilação;
– Mantenha o sistema ligado 24 horas por dia, ou seja, direto, para evitar formação de fungos e bactérias e promover a renovação do ar ambiente;
– Aumentar a inspeção nos equipamentos, para ver a necessidade de troca de filtros e higienização mais constante;
– Cuidado para substituir os filtros, use equipamento de proteção individual (EPI) e veja as recomendações do fabricante;
– Considerando a necessidade de limpeza em todos os equipamentos instalados no estabelecimento e que a execução desses serviços exige um tempo maior ou menor, dependendo do porte do estabelecimento, é recomendável que os serviços sejam executados pela equipe de refrigeração a partir de 15 ou 30 dias de antecedência para garantir o início das atividades com todos os equipamentos devidamente limpos, além de providenciar a sanitização de todos os ambientes da empresa.
Equipe de Comunicação do Confea
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